sexta-feira, 14 de maio de 2010

Dois: A primeira Noite

E olhando pra ela acabou adormecendo profundamente
Não sei se por dor ou por amor, mas dormiu o homem
Sono pesado e turbulento
Sonhava, transpirava e girava de um lado pra outro
Como se tivesse acordado via, mas não via
No sonho ele via, suas boas ações que não eram boas
No sonho era verdade, que a verdade não era mentira, mas se fazia mentira
depois de acordar.
Via que suas atitudes inocentes não eram inocentes, mas inocente se ia
e nesse ir, veio, mais ao acordar era inocente de novo, porque a verdade existia no sonho
E antes do sol se levantou, ainda com dores ergueu a face para o horizonte
E a dor era mais forte na alma, do que no corpo
Arde no seu peito o desejo de se tornar uma lenda
De ser luz, de voar, de dominar e servir
Nas suas costas as marcas da batalha, não o deixavam esquecer
as coisas boas que fizera, mas as más lhe pareciam mais fortes
mais marcantes, mais intensas
“Ah!” Exclamou para o vento, o sol já vinha nascendo
E seu tormento sumindo proporcionalmente
Mas se lembrava a todo momento que a noite iria voltar
Não havia dor, nem palavra, não havia nada
Apenas pensamentos,que eram nada.
Mas o nada o que incomodava.

2 comentários:

  1. Confuso. Muito introspectivo. Mas bom, muito bem escrito!
    Só o que me intriga é a linearidade dos fatos. Desconfio de coisas que seguem uma linha muito linear, elas sempre tendem para o realismo. Espero, sinceramente, que esse não seja o seu caso, mas é que já se tornou tão comum intercalar Literatura e Biografia... (pra mim, não tem nada a ver!)

    Mas muito interessante a maneira como você escreveu.

    É só o calendário que não tem ajudado muito na interpretação.Mas, enfim.

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  2. "...uma linha muito linear..."- fui redundante, percebi.
    No fundo, no fundo, a intenção era essa mesmo, haha.

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